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Diário de Bordo
Dito e feito..... não tardou e ele começou a chegar e cada vez mais forte. Procuramos ignorar e fomos tocando. Com os quilometros que ganhavamos e com as pequenas cidades sendo cruzadas, faziamos, como de hábito, as paradas para abastecimento das motos e nossa. Um café, um lanche, um refri ou uma água e lá vamos nós. Depois de rodarmos uns bons quilometros começamos a perceber que nos aproximavamos da entrada para Santiago, com algumas plantações de videiras indicando a boa terra para os bons vinhos. Viçosas árvores e plantações já anunciavam uma nova paisagem. Aos poucos fomos nos aproximando da subida dos Andes e chegarmos a localidade de Los Andes, posto que comumente abastecemos. Fizemos a tradicional parada, seguindo de imediato mais uns 4 km até onde sempre saboreamos uma das mais excelentes empanadas da região. Ao chegarmos, logo após Margarita veio nos cumprimentar e apontou para uma foto de motociclistas brasileiros, mais precisamente de Santa Catarina. Mostrou-me na foto o amigo PHD Volnei, de Curitibanos, que havia descido, há poucas horas, para Santiago para buscar sua esposa que chegaria de avião. Perguntou pelo PHD Chico. Se ele também havia vindo, ficando muito triste em saber que desta vez não contavamos com sua sempre alegre e segura presença. Depois de uns momentos de conversa ela se foi e nós pagamos as contas e tocamos, pois queriamos chegar logo a Los Portillos. A subida, como sempre acontece, foi de cinema, não obstante o calor se fizesse sempre presente. As paisagens iam se seguindo e as "queridas" entusiasmadas com o que viam. Igualmente satisfeitas, pois haviam entrado pelo Paso de Jama e agora cruzariam o Paso Libertadores. As neves permanentes, desta vez se ausentaram um pouco, o que dá a nítida sensação de que realmente o "aquecimento global" está fazendo seu estrago. Pouca neve. A subida dos Caracoles foi um sucesso. Todos ficamos emocionados com a magnitude das montanhas e das curvas. Uma parada no topo dos Caracoles para fotos, tendo cruzado na curva anterior com motociclitas que desciam. Fotos, admiração da beleza do lugar e prosseguimos. Chegando a Los Portillos fomos surpreendidos pela falta de lugar no hotel, pois dois dos quartos disponíveis eram inabitáveis. Chegando o final da tarde, um friozinho se fazendo presente, um vento soprando frio e tinhamos que rapidamente resolver o que fazer. Reunidos decidimos que deveriamos seguir viagem e dormir em Uspallata, o que fizemos. Apressamos, pois ainda teriamos que fazer a aduana que normalmente é um pouco demorada. Para nossa surpresa, desta vez, apenas para contrariar, foi relativamente rápida, com o pessoal aduaneiro se mostrando muito descontraído. A noite já ameçava cair quando chegamos a Uspallata. Surpresa: hotel lotado. Nos restava um outro que não conheciamos e de precárias acomodações, com muito calor e sem ar condicionado. Que fazer? sem alternativa ficamos por alí. Como o hotel que ficariamos era defronte deste, fmos para lá jantar. Brincadeiras e descontração marcaram como sempre o jantar. "Abastecidos", retornamos para descanso, pois amanhã chegaremos ao destino: Mendoza. Uma preocupação: as motos ficaram sobre a calçada e sob os cuidados de um gardador do hotel que nem sequer vimos. A sorte: O Alexandre retirou seus apetrechos da moto, inclusive o GPS. Acontece que o GPS caiu no chão e ele não percebeu. Mais tarde, o proprietário de uma casa de internet localizada defronte e bem próxima da moto, viu o GPS no chão e recolheu, entregando-o ao Juarez. Sorte.... como sempre, muita sorte.... Marcamos a saída para as 9:00 hs, pois o trecho é relativamente pequeno e chegaremos com facilidade a Mendoza. Voltarei amanhã para contar mais. Abraços! |
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