Amigos,
Dia 01 de dezembro meu amigo Lino aportou em Fpolis, vindo de Uraí/PR, sua cidade natal, para juntos seguirmos, dia 02 para Punta del Este/Ur.
Dia 02 pela manhã, com as motos já prontas e carregadas, seguimos para estrada, apesar de uma chuva fina que se fazia insistente em Fpolis. Vestidos com as capas atravessaos a Ponte e logo nas imediações de São José a chuva parou e gradativamente o céu foi se abrindo e o astro rei, para nossa alegria, se fez presente.
Assim, a primeira parada foi nas imediações de Paulo Lopes, Penha, para retirarmos as capas, pois o calor era intenso.
Desta forma, já mais confortáveis, seguimos viagem.
No início da tarde, ao nos aproximarmos da cidade de Porto Alegre, visualizamos, ao longe, raios que sinalizavam uma forte chuva. Não passou 5 minutos dessa visão e os primeiros pingos de chuva se fizeram presente. Paramos e, novamente, colocamos as capas, pois a chuva anunciada parecia que seria muito forte. Não deu outra: mais uns 2 km e a água caiu pra valer. Reduzidas as velocidades atravessamos o Rio Guaíba e como a quantidade de água sobre a pista era muito grande, até os automóveis e caminhões trataram de redizir a marcha. Com toda cautela fomos seguindo. Eu, confesso, estava preocupado com meu amigo Lino, pois embora até aquele momento estivesse fazendo uma excelente pilotagem, não sabia como ele se comportaria com aquela chuva.
Aos poucos percebi que era cauteloso e firme na tocada.
Fomos ganhando estrada, mas com a visibilidade cada vez mais reduzida, por conta da neblina e da forte e cada vez mais intensa chuva.
Ultrapassar, nem pensar.
A baixa velocidade chegamos, por volta das 16:00 hs, a cidade de Camaquã onde resolvemos pernoitar, pois a intenção de chegarmos a Rio Grande, onde abraçariamos o amigo Marcelo e sua família, por questão de segurança, não pode se confirmar.
Hospedados no Hotel Bartz, tivemos o grande prazer de reencontrar os amigos Osmar e Terezinha que pelas mesmas razões, juntamente com seu amigo Juan e esposa, a quem fomos apresentados na ocasião, por lá também ficaram.
Providenciamos uma cobertura das motos com um plástico, ao que o amigo Osmar denominou de "motos sem teto" ..ahahah!!!
antamos todos juntos e no dia seguinte, após o café da manhã ganhamos novamente a estrada, agora com um sol acanhado, mas que era prenúncio de ausência de chuva, o que se confirmou ao longo do dia.
A chuva foi substituída pelo vento forte que chicoteava as motos em fortes rajadas. Por volta das 12:30 hs, depois de apreciarmos a reserva do Taim, que estava coberta de água, mais parecendo uma grande lagoa, chegamos ao Chuí, onde novamente nos encontramos com Osmar e Juan.
Depois do abastecimento e de um rápido lanche, tratamos de seguir para fronteira, onde novamente, quando saíamos, chegaram os dois casais.
A entrada no uruguai, como sempre acontece, foi tranquila e a simpatia do pessoal da aduana foi muito grande.
Era por volta de 17:00 hs quando aportamos em Punta del Este.
O Lino se mostrava surpreso com a beleza e a imponência das casas e os gramados bem cuidados.
Tratamos de procurar um hotel, pois a intenção era não nos inscrevermos no encontro. Depois de consultar alguns, todos lotados, conseguimos nos hospedar no Hotel Allambra, bem no centro e com um pessoal muito amável. A diária, significativamente bem mais em conta do que o Hotel San Rafael, do encontro, além de bem mais cuidado.
Como tinhamos estabelecido o retorno para sábado cedinho, abortamos a idéia de irmos até Montevideo, ficando só em Punta.
Após o jantar ligamos os computadores para falarmos com nossos familiares e foi quando soube que a moto do Juan tinha tido um contratempo o que obrigou os dois casais a dormir em Castillos e seguiriam, no dia seguinte, diretamente para Montevideo, para sanar o problema.
Na sexta-feira, fizemos vários passeios, fomos até o Hotel San Rafael para rever amigos, onde encontramos, dentre outros, o Benetton, o Camilo, Eduardo e o amigo Tasquinha e esposa, de Criciúma, a quem não via há muito tempo.
Uma GoldWing 1980 estava estacionada entre as motos, de propriedade de Ariel, o que chamou muita atenção de todos que gostam de relíquias, especialmente porque estava com 18.000km originais.

O resto do dia foiram passeios por todos os cantos da cidade e a noite um jantar de despedida, pois no dia seguinte iniciaríamos nosso retorno.
Como programado, por volta das 7:30 hs rumamos para estrada, atravessando a cidade e tomando a Ruta 09.

Uma prada em Chuy para a compra de umas lembrancinhas para os familiares e voltamos a estrada. Embora o Lino se mostrasse descrente, a idéia era pernoitarmos em Torres/RS, o que aconteceu de forma fácil, apesar do vento que nos acompanhava desde a 5a. feira.
Chegamos a Torres no início da noite. Depois de um bom banho e uma pizza, fomos descansar para seguir no dia seginte com destino a Florianópolis e Curitiba.
Ao nos aproximarmos de Fpolis, paramos as motos no acostamento e nos despedimos, pois a partir daí o Lino seguiria sozinho até Ctiba, onde hoje (7/12), aproveitaria para fazer uma revisão na moto.
Por vota das 16:00 hs recebi um telefonema confirmando que havia chegado bem e já se encontrava hospedado no hotel.

Essa, amigos, mais uma agradável viagem na companhia do amigo Lino, que pela primeira vez cruzou as fronteiras brasileiras.
Um grande amigo, cauteloso, exímio piloto, tocando com firmeza, inclusive na chuva, o que merece cumprimentos e se mostrou apto para pegar qualquer estrada fora do País.

Espero que em breve possamos fazer, juntos, outras tantas viagens. Valeu Lino! Obrigado pela companhia e pela amizade.
A todos nosso fraternal abraço e até a próxima.