CURITIBANOS (BR)
Para atender às necessidades agrícolas, a cidade de Curitibanos conta com um desenvolvido comércio, que gera a segunda fonte de renda e postos de trabalhos. Tem uma rica história, tendo surgida como pouso de tropas que seguiam o Real Caminho de Viamão (antiga trilha de passagem de gado e muares que vinham do Rio Grande do Sul e abasteciam as atividades de garimpo das Minas Gerais.
A história de Curitibanos registra, ainda, graves episódios ocorridos ao longo da sangrenta Guerra do Contestado, que envolveu as populações marginalizadas da região, vindas não somente das expulsões que a companhia "Southern Brazil Lumber & Colonization Company" promoveu na região da ferrovia "São Paulo-Rio Grande", mas também dos trabalhadores dela dispensados, e as forças armadas estaduais e os grandes fazendeiros da região. Essas populações se agrupavam naquilo que chamavam de "redutos", que eram vilas onde se defendiam e onde produziam para subsistência, e eram inspirados pelas lideranças messiânicas dos monges José e João Maria. Esquecidos pelo Estado, e oprimidos pelos latifundiários e, depois, pela empresa de Percival Farqhuar, essa massa se revolta, o que resultou na Guerra do Contestado, conflito esmagado pelas polícias dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, e pelas milícias dos fazendeiros. Eram (e, por vezes ainda são) chamados erroneamente de "fanáticos", porém, aquela forma religiosa de organização era a única maneira de se fazerem ouvir pelas autoridades.
Com uma área de 952,283 km², onde abriga 38.077 habitantes (estatística 2006), está situada a 987 msnm.
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